Ambão: conheça o valor sagrado deste objeto litúrgico
A Palavra de Deus requer um lugar especial dentro da Igreja nos momentos de celebração. Para isso existe o ambão!
No Missal Romano, na sua introdução, encontramos esta afirmação: “A dignidade da Palavra de Deus requer que haja na igreja um lugar adequado para a sua proclamação e para o qual, durante a liturgia da Palavra, convirja espontaneamente a atenção dos fiéis” (IGMR, 309).
Logo, o ambão é o objeto litúrgico de onde se proclama a Palavra de Deus. É para onde os leitores, o salmista e o sacerdote se dirigem nos momentos de proclamação. Devido a essa atribuição, é também conhecido como a Mesa da Palavra.
Além de usado no momento das leituras, o sacerdote tem a opção de permanecer junto ao ambão durante o momento da homilia, ou então, se movimentar pelo presbitério.
O que o ambão representa?
O Guia Litúrgico Pastoral (GLP) nos traz a explicação: “segundo a tradição cristã, faz referência ao sepulcro vazio, ao lugar da ressurreição e do anúncio do Cristo vivo” (GLP. p. 104).
Ou seja, a Mesa da Palavra ou Ambão indica que Cristo ressuscitou e deixou sua Palavra para alimentar a vida da Igreja.
Sabemos que a Palavra de Deus é viva, eficaz e, quando é anunciada, ela se renova em nossos corações, que devem estar abertos para que a Palavra possa germinar e dar frutos em nossa vida.
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Existe um lugar certo?
A Introdução Geral ao Missal Romano (IGMR) tem uma norma para isso, porém ela não tem um ponto de referência específico. O documento fala apenas em “lugar adequado”. A ressalva é que: “Tanto quanto a arquitetura da igreja o permita, o ambão dispõe-se de modo que os ministros ordenados e os leitores possam facilmente ser vistos e ouvidos pelos fiéis” (IGMR 309).
Por lugar adequado compreende-se, segundo o dicionário, como um lugar que está em perfeita conformidade com algo; adaptado, ajustado. Desse modo, se usa tanto o lado direito quanto o esquerdo do presbitério.
O primeiro documento da reforma litúrgica que contém normas específicas a respeito do ambão faz a seguinte afirmação: “Convém que haja um ambão, ou ambões, para a proclamação das leituras sagradas, dispostos de forma que os fiéis possam ver e ouvir bem os ministros” (Instr. Inter Oecumenici, n. 96: EDREL 2295).
Tempos depois, outro documento recomenda que sejam colocadas em prática as regras e normas estabelecidas nesta instrução, nomeadamente no que se referia à disposição do lugar próprio para a proclamação das leituras sagradas (Instr. Eucharisticum mysterium, n. 24: EDREL 2517).
Em seguida, um terceiro documento relata: “No que se refere à disposição do ambão […] observem-se as normas da IGMR” (Preliminares do Ritual da Dedicação da igreja e do altar, n. 3: EDREL 1640).
Sendo assim, de fato, as normas em vigor, quanto ao posicionamento do ambão no presbitério, são aquelas que se encontram na IGMR.
Como deve ser o ambão?
A Igreja orienta, na Introdução Geral ao Missal Romano, que o ambão seja “uma estrutura estável e não uma simples estante móvel”. Além disso, pede que o ambão “seja colocado no espaço de forma que os leitores possam ser vistos e ouvidos com facilidade” (IGMR, 309).
Ao visitar igrejas, é possível encontrar diferentes modelos de ambão, feitos a partir de diversos materiais. Os mais comuns são de mármore, granito e madeira.
O ambão feito em madeira é o que possui limpeza e manutenção de melhor custo-benefício, desde que a madeira seja de boa qualidade.
Para a conservação do ambão de madeira, basta uma limpeza semanal para retirar o pó, com uma flanela macia levemente umedecida. E para recuperar o brilho, o óleo de peroba pode ser utilizado. Caso aconteça ranhuras na peça, facilmente o ambão pode ser restaurado, sem precisar ser descartado.
Os cristãos evangélicos não utilizam o ambão, mas um púlpito, também oferecido pela Móveis Cardeal.
Ao longo de todo o mês de setembro, mês da Palavra, traremos ainda mais conteúdos sobre esse que é o móvel sacro utilizado para honrar e destacar as Sagradas Escrituras na Igreja e nas celebrações.
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